quinta-feira, 17 de julho de 2008

"Jogamos os jogos da vida, obedecendo a livros de regras, escritos com letra invisível ou com código secreto." (Arthur Kostler)


Jogar? Obedecer? Regras? Códigos?
O que nos guia?
O que acreditamos ou aquilo que é considerado certo?
Quem cria as regras, escreve os livros, desvenda o código secreto?
Qual é o jeito certo de jogar? Quem sabe?
Talvez uma das principais das ditas regras é não saber, é deixar o vento passar sem se preocupar onde é que o barco vai parar.



- p/ escola, Ensino Religioso

Um mundo de todos

Individualidades, egoísmos, umbigos! O universo antes de ser o universo é resultado de um conjuntode formas, elementos, substâncias, essências, características. Tudo o que criamos, e até mesmo nós, somos resultado
de uma junção; com base nesse pensamento não consigo chegar a uma lógica e explicar como é que chegamos nesse individualismo! Querendo sempre o melhor pra nós, mais para nós, tudo, tudo para nós. Com um olhar focado no umbigo, limitado a isso. Qual é a dificuldade em aceitar que não somos superiores a ninguém e que temos muito a aprender?
O mundo seria tão menos caótico se nos permitíssemos pedir ajuda. Nossa vida seria tão menos caótica se aprendessemos a olhar ao nosso redor!
O mundo é quase que um quebra-cabeça, que precisa de peças de todos,    a essência é essa.



- p/ escola, Ensino Religioso

Tenho em mim todos os sonhos do mundo.

Presente ausência

Algo parecido com necessidade, mais puxado, apenas, para o lado da vontade. Vontade de ouvir sua voz, sentir sua presença.
Presença inenarrável, presença de companheiro, de amigo.
Amigo das palavras, das noitadas, dos risos, dos abraços.
O amigo de sempre.
Quando te procuro, quando não te encontro.

Todo mundo tem um segredo

Lá estava Gabriela, num lugar que a muito tempo não voltava, estava sentada ao chão do quarto, encostada na cama tentando encontrar uma desculpa para ir até a sala, conversar com Raphael, ficar mais perto talvez. Fazia tanto tempo que não o via, afinal.
Se levantou e lá foi ela... - Ei, então... você tem um fone? - Esse foi o jeito que encontrou e, por uns minutos ela até que conseguiu, mas não foi o bastante, queria mais, queria ficar ainda mais perto. Eles poderiam conversar sobre tanta coisa, passariam a madrugada toda rindo, lado a lado! Ela tinha certeza disso, mas, simplesmente não sabia como se aproximar.
De volta ao quarto, ficou horas esperando algo, difícil saber pelo que, mas acho que era por Raphael, é, devia ser.
Uma lua mais tarde, ela teve vontade de voltar no tempo, e fazer diferente.

A idéia saiu finalmente do cérebro. Era noite, e não pude dormir, por mais que a sacudisse de mim. Também nenhuma noite me passou tão curta. Amanheceu, quando cuidava não ser mais que uma ou duas horas. Saí, supondo deixar a idéia em casa; ela veio comigo. Cá fora tinha a mesma cor escura, as mesmas asas trépidas, e posto avoasse com elas, era como se fosse fixa; eu a levava na retina, não que me encobrisse as coisas externas, mas via-as através dela, com a cor mais pálida que de costume, e sem se demorassem nada.


- Trecho do livro Dom Casmurro de Machado de Assis