Sexo feminino, nome de bruxa, ou melhor, de rainha das trevas, Elvira, Reininger, seu estilo de vida, quer dizer, seu sobrenome.
Pé gordo (como tudo), com unhas vermelhas e rosinha embaixo; perna grossa, ou gorda, como preferir, e branca, beeem branca; barriga gordinha, na medida certa, e um umbigo amado; peitos... hmm... dois pra ser exata; braços fofinhos, com pelinhos loiros e um (duas, na verdade) citatriz, pra enfeitar, eu diria; mão gordinha e rosa, assim como os pés, e as unhas vermelhas para combinar com o mesmo; pescoço, branco, só pra variar e, um pouco sensível; rosto abreviado para uma das sete maravilhas do mundo, ou, presente do diabo, depende do ponto de vista, mas eu apresentaria mais ou menos assim: queixo gordo, com uma pintinha, boca nem um pouco carnuda, lábios macios, nariz de batata, bochechas lisinhas e beeem gordas e, "pa acaba", um par de olhos, na cor nem isso nem aquilo, do nome bonito que ela adora dizer… castanho esverdeado. E bom, ainda tem o cabelo, ruim, disfarçado, quase sempre preso, xuquinha roxa, apelidado de... ram... leãozinho!...
No pé quase sempre all star, preto, branco, azul, roxo, vermelho, verde, laranja, o que vier ta bom, mas como gosta de variar, vira e mexe usa seu adidas ou seu freeday, não que a marca faça alguma diferença. Usa também havaiana, preta ou marrom, mas só quando está com a unha feita ou morrendo de preguiça de calçar o tênis.
Nas pernas tem pra todos os gostos. Adora uma boa calça jeans, de boca justa, mas como é revoltada com seu guarda roupa aderiu à moda (sua própria moda) do moleton e, quando está de bem com a vida, quer dizer, de bem com suas pernas, não dispensa um short, esteja calor, ou não.
Em cima, camiseta, lisa ou estampada, não importa, mas, na realidade, está sempre de casaco, de preferência com capuz.
Sua cor, o preto;
Sua música, a boa;
Sua bebida, o suco;
Sua comida... todas;
Seu hobbie, dormir;
Seu amor, o maior;
Sua família, a melhor;
Seu gosto, é qualquer um;
Seu sorriso, amarelo;
Seu medo, perder;
Seu orgulho, existir;
Seu sonho, um a cada dia;
Sua vontade, dez a cada minuto;
Sua ignorância e raiva, constantes;
Sua saudade, cotidiano;
Sua lembrança, parte do presente;
Seu retrato, aquele, meio tremido;
Seu filme, Um motivo para viver;
Seu motivo, aquele que lhe faz feliz;
Seu doce, doce, de leite;
Seu dvd, não é meu!
Seu grito, irritante;
Seu carinho, consequência;
Seu cama, espaçosa demais para um;
Seu urso, um pingüim;
Sua tarde, longa;
Seu jeito, complicado;
Sua escova de dentes, verde limão;
Sua compreenção, quase impossível;
Sua compulsão, seu vício;
Seu prazer, sorvete;
Seu desejo... depende da fome!
Sua necessidade, carinho;
Seu defeito, tantos;
Sua unha, de estimação;
Seu ódio, sua dor;
Seu humor, inconstante;
Seu impulso, está em todo lugar;
Sua viagem, caxias do sul;
Seu número... só se forem dois!, quatro e oito;
Seu aniversário, seu desprezo;
Seu desenho, animado;
Sua escola, sempre a errada;
Seu estilo, próprio;
Sua pessoa, única.
Num retrato-falado eu fichado,
exposto em diagnóstico
Especialistas analisam e sentenciam:
Deixa ser como será!
Tudo posto em seu lugar
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.
Deixa ser, como será!
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê!