terça-feira, 1 de maio de 2007

Desconhecidas lembranças

Chega até a ser engraçado a forma como me recordo de seu rosto. Pele um pouco amarelada pelo sol, um sorriso gracioso; Nariz com dois buracos e uns olhos verdes que eu descreveria simplesmente como lindos. Estávamos sós, eu e ele, quase que perdidos no estacionamento. Ele em minha frente, tão alto, encostado em algum carro desconhecido.
Chegava a mim, seu corpo sob o meu, mal conseguia se apoiar nos bancos, mas lá estava ele, tentando encontrar um caminho para chegar até minha boca. Eu só não entendia como, após tantas tentativas falhas, ele continuava ali, me implorando com o olhar cujo já não sabia mais para onde olhar, se procurava meus olhos ou minha boca, seca por um beijo roubado.
Foi engraçado quando senti o gosto de seus lábios pela primeira vez, meio sem querer e a cara que ele fez, um sorriso de canto, ao me perguntar se tinha doído...Engraçadinho! Recordo-me também de um abraço que ganhei, repleto de carinho. Era incrível como cada pedaço de meu corpo encaixava-se ao dele. Não queria soltá-lo, sentia todo seu corpo me tranqüilizando. Ele dizia que tinha que ir, pois no outro dia ele iria trabalhar, mas cada beija que lhe dava era convite para outro e mais vários outros inúmeros. No dia seguinte fui surpreendida por carinhos que até hoje me fazem falta.