sábado, 10 de fevereiro de 2007

No metrô

Nervosismo, os seus olhos procuram por ele e nada, o tempo não passa mas o relógio corre. Pessoas entram e saem, um corre corre, casais se encontrando, se despedindo ou brigando, a música toca em seu ouvido lhe confundindo. Ansiedade, você não sabe o que fazer quando o vir, não sabe se corre e o abraça, o beija ou diz que o ama e que estava morrendo de vontade de senti-lo novamente. Os seus olhos o encontram, de cabelo curto, olhando de um lado para o outro, vestido com uma camiseta do System, é, é ele mesmo, imediatamente um sorriso floresce em seu rosto, você anda em sua direção e o abraça, respira bem fundo e sente o mesmo perfume que você passou o dia inteiro sentindo sem nem saber ao menos da onde ele vinha. Felicidade, um sentimento repentino, quando você está deitada no sofá e sente uma mão pegar na sua mão ou quando essa mesma mão puxa você pra bem pertinho e lhe abraça. Atenção, é, atenção que fica ali, no pézinho do ouvido, quando você quase cai do sofá só pra lhe dar um beijo, aproveitar que a irmã foi na cozinha e quando ouve o barulho da porta deita de novo, e finge que nada aconteceu. Friozinho na barriga, quando você liga, fica esperando ouvir aquele alô, daquela voizinha linda que te faz delirar, mesmo de longe mas esse mesmo friozinho na barriga se manifesta quando...Toque, um simples toque! Vazio, ele está indo embora, lhe beija bem forte, lhe abraça, quando você ouve o Tchau mal acredita. Tristeza, é o aperto no coração cada vez que você pensa o quanto ele está longe e quanto tempo vai demorar pra você sentir aquilo de novo...Pele com pele, aquilo pelo qual você sente falta todo noite quando encosta sua cabeça no travesseiro. Arrependimento de não ter dado mais um beijo, mais um abraço, ter dito mais uma vez o quão lindo ele é ou o quanto você o deseja. O seu toque faz falta, a sua risada de bobo e suas meias fedidas e molhadas. Sua cara de despreso ou seu olhar de anjinho, seus beijos de manhã ou noites inteiras acordadas. Seu pão com Coca-Cola, suas dançinhas da hulla e sua boca...queria entender como consegui encontrar todos meus desejos e realizações bem ali?...Não faz sentido, mas sabe? Não procuro por um sentido, procuro por ele, na estação de metrô.

2 comentários:

Baby, come on!